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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Processos das minhas composições - PARTE 2

Caros amigos e colegas do Blogger! Que saudade de mexer na net!... Estou quase sem tempo, e o que está me restando utilizo para dormir, rsrsrs




Mas vamos lá...



Na última postagem “Processos das minhas composições” relatei sobre as influências psicológicas do dia a dia e a busca do felling (que seria nada mais nada menos que o “jeito”, a famosa “pegada”). Foi um bate bola meio metafísico, não foi?



Mas agora vamos mais...

Direto ao ponto


AS TÉCNICAS

Para falar das técnicas é necessário ressaltar sobre a sua importância. Estive escutando essas semanas atrás materiais de Power Metal. Tecladistas como Mikko Härkin (antigo Sonata Arctica, agora está em um projeto recente chamado Cain’s Offering) demonstram bastante técnica, Michael Pinnella, do Symphonic X, também não fica atrás. A velocidade é ressaltada com intensidade. Outro tecladista que voltei a escutar entre esses dias foi Jens Johansson (da banda Stratovarius).

A velocidade extrema nestes estilos são nítidamente extremadas. Riffs com muita velocidade, mesmo. Mas cuidado ao escolher, porque a falta de domínio retira a clareza... E clareza vale muito em uma música.

                     Performance no Espaço Alternativo da Igr. Batista Memorial: Lugar que amo!


A primeira escolha: O que VOCÊ quer tocar?

Há várias técnicas diferentes, para estilos diferentes. Quanto mais houver conhecimento, melhor, mas saber o que se quer tocar já é um passo para descobrir quais técnicas você terá que dominar primeiro.

Neste caso, tecladistas que optam por rock/metal a primeira lição é harpejos das escalas maiores, e menores (harmônicas e melódicas). Não esqueça de treinar com ambas as mãos!

As tão esquecidas escalas raras são sempre bem vindas! Posso falar delas depois, e disponibilizar posteriormente para consulta aqui.



O QUE EU USO

Em uma peça de improvisso uso frequentemente duas comuns: Vibrato (por meio de distorções), legato e trillo. Em timbres de lead estas técnicas ficam bem claras, ainda mais com uma boa regulagem. Volta e meia utilizo as duas mãos para dar um efeito de hammer on/pull off características e particulares da guitarra, mas não custa nada a gente pegar emprestado de vez em quando!

Técnicas para jazz, por exemplo, requerem um conhecimento mais profundo em harmonia, mas dedilhados que explorem escalas cromáticas (aquelas cujos intervalos sonoros variam em semitons, ou meios tons). Recomendo estuderem jazz, pois dá mais leveza no dedilhado. É sempre bom começar com o mais difícil, ok! (entendam o que eu quis dizer...)

O pich bend para quem não sabe utilizar fica feio. Não é um brinquedinho anexo ao teclado, é uma parte dele. Portanto, deve ser estudado as técnicas devem ser exploradas com este recurso. O Korg X50, teclado que venho utilizando, tem o pich e o modulation em rodas (whells), separados. Modelos da Korg como o Triton LE possuem estes controles de expressão integrados, configurados em um Joystick, é muito divertido, porém, considero um pouco mais delicado, mas nada com ensaios para retirar a “pata de cavalo” das mãos... Em breve passarei exercícios para a prática de controles de expressão com o pich bend.

Por enquanto é isso. Vou tentar ter a prática de atualizar semanalmente aqui, e poder cooperar um pouquinho com vocês.



Galera Blogeira e músicos de plantão, grande abraço, e fiquem com DEUS!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O início




Absolutamente nada se poderia obscurecer com uma névoa de pensamentos, se soubessemos o que de fato se trata a vida.

Ainda que por um curto espaço de tempo, como a gota que escorre do céu em plena queda ela fosse compreendida, valeria a pena este ínfimo instante viver, apenas.


 
Há quem se reserve em deixar escorrer pelos dedos alguns folegos de vida, rejeitando a verdade, apanhando em vãs momentos de insanidade a paz alheia. E os que deixam silenciar o ser em seu obscuro vale, tecendo as próprias vestimentas fúnebres e esperando o tilintar do tempo se findar.

Ainda há quem perceba beleza em cinzas, porque nem de flores o mundo se orna. Aqueles que sentem a poeira erguer e tocar seus lábios e sorriem, sabem que de vento a outro a chuva se aproximará.


 
Propriamente dita em sua essência, não se reserva apenas aos que crêem nela, ela se extende a toda criatura que se permite viver.

Hoje vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim. Por mais que o bem que quero esteja próximo a linha do horizonte, caminharei até ele.



"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 2 Coríntios 5 : 17








sábado, 31 de julho de 2010

Processos das minhas composições - PARTE 1

Bem, vou falar um pouquinho como funcionam as minhas etapas do processo de composição musical.

Inicialmente eu... Acordo...

Sim. Ao contrário do que está encrustrado na cabeça de muita gente, a técnica de execução, complexibilidade de harmonas e arranjos não formam uma música em sua essência, unicamente. Poderia divagar amplamente sobre a "metamúsica", falar muita abobrinha... Mas quero me reservar a dizer sobre assuntos mais acessíveis, minhas crenças quanto a música e por aí vai.

O meu dia influencia grandemente minhas melodias e harmonizações, isto é, o meu estado psicológico. Eu tento passar expressividade, o que nada mais seria uma transparencia do meu momento, coloquialmente falando é como se fosse uma fotografia daquele instante. Eu acredito que esta seja a primeira etapa de tudo, o meu entitulado "inicialmente eu acordo".



Pelas madrugadas a dentro! - Eu e a máquina X50, pequeno sintetizador poderoso da KORG.

A busca do felling, uma longa empreitada...

Quero fazer uma rápida introdução sobre esse teminha polêmico: Muitas das categorias avaliativas de uma música, ou de um músico é o felling, que linguagem musical seria o modo peculiar de se executar uma música e/ou compor. Está é uma das variantes mais cruciais, que dependem muito da formação musical, conhecimento empírico e teórico. A construção do felling de um músico está basicamente na sua formação, que são as origens influenciais, e não existe prazo para se definir um, tudo depende da maturidade musical que o indivíduo constroe com o tempo que passa com seu instrumento. Isto sem dúvida corresponde a cerca de 80%. Os outros 20% estão relacionados a ouvir música. Você só conseguirá adquirir o seu "jeito de tocar" se responsabilizar essa parcela de porcetagem em ouvir música durante toda a sua vida.

Resumindo: Você toca o que ouve, nada mais e nada menos.

Tenho escutado bastantes sonoridades com distorções, solos de guitarras. Trabalhos como os de Jodan Rudess, um pouco de Derek Sherinian, guitarras como as de Edu Ardanuy,  até Yngwin Malmsteen. Aproveitando, estas são as minhas influencias atualmente, para tocar meu projeto Fire Experience (falarei com mais tempo sobre iste projeto).
 
 
P.S.: Aqui no Brasil, ser autodidata é quase um título, claro, os conceitos estão mudando (muito aos poucos, mas estão). Recordo bem de um workshop do Juninho Afram (guitarrista da banda de rock cristão, Oficina G3) aqui em Campo Grande/MS, onde ele fez uma observação muito bem comentada que na Europa, por exemplo, ter mais professores em sua caminhada é um previlégio grandioso, e quem tem essa oportunidade é muito mais rico, musicalmente falando.
 
Então... Não tenha vergonha de ter um professor!


Breve estarei falando mais, sobre como aplicaco algumas técnicas, expressão e formação de fraseados.


Grande abraço, e fiquem com DEUS!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Desabafo...!


Desculpem a franqueza, talvez até a fraqueza com que me revelo aqui, mas tenho que desabafar: Nada do que passa pela nossa mente, por diversas vezes não se concretiza...

 


E isso frustra as expectativas, demole nossas esperanças de um futuro melhor e nos torna piores do esperávamos. Isso me deixa mal, então desabafo minhas angústias antes que elas me consumam por inteiro.

Você que me lê agora, o que faria se "apostasse suas fichas" em alguém, e as perdesse a custo de uma imparcialidade que mais se assemelha a uma indiferença deste mesmo alguém...?

Tenho ouvido muitas histórias, meus ouvidos estão de certa forma cansados de me dizer que existem problemas maiores, e que não sou o primeiro ou último, mas não sou um número frio que cavalga por aí, só mais uma estimativa de consultórios psiquiátricos ou frequentante de um lar de um amigo que me acolha em minhas mazelas... É triste ter que admitir, mas me parece que errei mais uma vez. Pelo menos esta é a impressão que fica dentro de mim.



O que antes era calor da presença, o aconchego de abraços longos e duradouros, agora são apenas vazios.



O que antes estava em meus braços está andando por aí, procurando consertar as coisas. Nada conseguirá preencher este vazio, nem religião, nem culturas diferentes de lugares remotos, nem dias alegres ou tristes, nem a chuva que escorre em minha janela, nem meus amigos, nem meus familiares, nem droga nenhuma.

Então me entorpeço em meus sonhos e tento tocar em frente. Agora me restam as coisas sem este alguém. Mas o que me conforta é saber que ainda respira, e pode consertar de vez estas coisas...


Palavras ditas são como flechas lançadas em longa distância. Não voltam, tornam-se perdidas e podem ferir profundamente deixando cicatrizes para o resto da vida.


Quer saber, não me arrependo de nada do que eu tenha feito, apenas do que não fiz. E o que não fiz me marcará para o resto da minha existência. E vou escutar o som daquela voz como um eco dentro de mim por um longo tempo ainda, porque não fui projetado para esquecer certas coisas.

São dias difíceis, quando se quer esquecer, apago tudo (ou quase tudo, porque ainda não tive "coragem" para tal), tento fazer de tudo. Mas em meus sonhos ainda sou visitado. E em meus sonhos eu não tenho como fugir.


Pouco depois de acordar, ainda posso sentir... E tenho a impressão de carregar um perfume que me é peculiar.


Dias difíceis. Devo confessar, estão muito difíceis... Bad days...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Comentando sobre "Notes on a Dream" (2009)


DIVERSOS músicos, diversas vertentes, várias referencias musicais. Mais uma delas me espanta, e assustadoramente me encanta. As notas de Jordan Rudess.


Rudess em performance ao vivo com suas máquinas

Gosto muito da sonoridade do álbum. Muitos músicos criticam o modo como executa e interpreta suas músicas, retomando aquela velha retórica crítica de que sua velocidade é super valorizada. Mas erram drasticamente quando não dizem sobre sua harmonização. É bem certo que ao longo da sua carreira essa questão harmônica não foi muito enfática, até porque sua atuação na Dream Theater não prestigia a tanto. Mas suas atuações solos, em piano e em outros timbres (os famosos pads) deixam o recado dado a todos.

Há grande influência da música clássica em seus improvisos ao piano, com técnicas como trillo, stacatto, e seus ornamentos são muito bem compostos com um conjunto de técnicas mescladas. A melodia é super valorizada em algumas músicas, essencial para as mais comoventes como The Spirit Carries On e as mais dramáticas, representada pela Hollow Years.

Faixas do CD

01 - Through Her Eyes
02 - Lifting Shadows Off a Dream
03 - Perpetuum Mobile
04 - The Silent Man
05 - Another Day
06 - Hollow Years
07 - The Grand Escapement
08 - The Spirit Carries On
09 - Speak to Me
10 - The Answer Lies Within
11 - Collision Point
12 - Vacant





Fica aí minha breve sugestão musical, aos tecladistas, pianistas, musicos em geral e apreciadores de música boa!

fonte referencial: http://jordanrudess.com/


 
Abraço a todos, Deus abençoe!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ney Conceição - Barbaquá Mercearia & Botequim (04/05/2010)


DIA 04/05 recebemos uma visita muito prestigiada no mundo musical, o senhor das cordas graves, Ney Conceição. Não restam dúvidas em mim sobre sua virtuosidade que vem depenando os críticos mais severos e chatos.

Sobre sua simpatia, evidente meu caro, humilde e acessível. Devo confessar, fiquei boquiaberto tamanha acessibilidade que este músico demonstra. A apresentação foi no Barbaquá - Botequim & Mercearia (http://www.barbaqua.com.br/), aproximadamente às 22:00hs. Lá é possível encontrar diversos músicos da cidade apreciando uma boa música ao vivo, encontrar produtores e amantes da boa música.

   
                              Barbaquá: Lugar de música boa


Tentei gravar vídeos mas não estava localizado em um lugar muito apropriado, territorialmente desfavorável para tal...

Ney está divulgando o seu trabalho mais recente, o "Swingado", produzido ano passado no Studio BR Plus (Rio de Janeiro), gravado entre agosto e setembro de 2009. São 10 músicas inéditas onde o baixista demonstra suas habilidades de arranjos e composições. Todas as faixas são composições próprias e em todas faz o Contrabaixo. Utiliza também violão de aço nas faixas 1, 5 e 7. Seu arranjos estão nas faixas número2, 5 e 6. Hamleto Stamato é o produtor da obra, e ainda contribui com pianos, teclados e programações. O CD conta com a participação de vários convidados, excelentes músicos.

A música brasileira em evidência. Essa é a frase que pude convergir em resumo de muitas sonoridades reproduzidas no CD. Claro, não deixo de citar a grande influêcia jazz que também foi exposta. Mas o jazz latino como já chamavam os gringos, está muito mais claro. Pricipanmente os metais fazem essa caracterização, como o Trompete, Trombone e até mesmo o acordeon de Cesinha do Acordeon.

A roupagem do trabalho está bem trabalhada, permanecendo a idéia de se fazer algo a solo brasileiro. Prato cheio para os amantes do samba raiz, e mpb. Tecnicamente indiscutível.

CD Swingado - Ney Conceição:

1 - Pro Futuro
2 - Praia da Tartaruga
3 - Seu Walter
4 - Passando pelo Carnaval
5 - América Central
6 - Bertrami's Song
7 - Doce de Sal
8 - Swingado
9 - O Periscópio
10 - Um Passo a Mais

A Habilidade

Dentre os baixistas está enquadrado entre os melhores em técnica e expressão no mundo, isso não me restam dúvidas. Ney tem uma imagem própria em seus improvisos, o que lhe proporciona originalidade nos arranjos. A condução (uma das prinicipais funções do instrumento) é dada com muita precisão juntamente com a percussão. Essa função condução foi apelidada de Groove nos EUA, e determina em suma o feeling do músico (o famoso "jeito" de tocar).

A música brasileira está nas suas maiores interpretações. O método que utiliza de mobilizar os dedos em formação de acordes no braço do intrumento auxilia no aumento da velocidade. Apenas uma técnica autamente apurada seria capaz de executar sequencias de improvisos com este método.



É um baixista completo, sua atuação solo é muito bem elaborada e complexa. Vi executar uma música do DVD Vento Bravo de perto e, realmente, em um baixo de 6 cordas, o domínio do braço juntamente com os rearranjos harmonizados é impressionante. Pude reparar o uso do polegar tocando os "bordões" (que seria as cordas graves, equivalentes as do violão) com facilidade juntamente com a linha melódica.

Neste dia, tocaram com ele, músicos renomados como Sandro Moreno (bateria), Adriano Magoo (teclado) e Adriel Santos (percusão), músico do Aldeia Black.


O Trabalho

Agora gostaria de tecer algumas palavras sobre tal trabalho desenvolvido por esse Paraense em conjunto com o Governo do Estado do Pará, a Fundação Cultural do Pará Tancredo Nevez e o projeto Semear - Programa Estadual de Incentivo à Cultura.

Estou muito feliz por estarem trabalhando em conjunto, e insentivando a cultura neste belíssimo país. Realmente, o custo para o público ter acesso as músicas são baixissímos em relação aos demais trabalhos feitos aqui, no Brasil.

Parafraseando o meu amigo Otávio Neto, o Netão, "isto é música honesta!". Confesso que me emociono ao saber de trabalhos como este existem, são reais, dando acesso aos mais longes das classes altas do país. Ao contrário de meras palavras jogadas em um papel políticamente correto e políticamente procrastinado.


Ney Conceição: Eu acredito no seu trabalho, e do pouco contato que tivemos, tenho a plena convicção da sua tremenda humanidade demonstrada através das suas notas aos passos que direciona sua carreira musical.

Existe um texto bíblico que relata um pouco do teu sucesso:

"O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, honra e vida." - Provérbios 22:4


Deus os abençoe!

           Eu e Ney Conceição: Músico da música honesta, parabéns!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Comentando sobre "The Great Divide" (2005) - Scott Stapp (vocalista do Creed)

                                                 

THE GREAT DIVIDE foi lançado em 2005. A alguns dias meu amigo e músico Armando Canhete me indicou o trabalho solo dele, Scott Stapp, vocalista da banda Creed. No início fui surpreendido: "Scott Stapp lançou um CD solo?" (pasmem, eu não sabia, e garanto que muitas pessoas também não!). A segunda foi: "Um álbum cristão?!"

Sim, um álbum cristão, com letras profundas e agressivas. A primeira faixa do CD, a Reach Out, é agressiva e traz verdades que podem ser observadas pela carreira profissional e vida pessoal de Scott Stapp. Pelo conteúdo proposto, e lançado, não considero um álbum comercial apesar do efeito "Vocalista da banda - Agora vocalista solo",  ser aparentemente voltado ao lucro, as letras foram mais diretas, descrevendo posições cristãs claras como "I'm down on my knews (...)" início do refrão da faixa Surround Me, que quer dizer "estou de joelhos" e pede para "cercá-lo", não deixá-lo fugir ou ir embora.

A palavra cerco (empregada na música relatada anteriormente) também tem conotação cristã. Referenciada a unipresença e unipotência de Deus, que cerca, está ao derredor e zela pelos seus servos (ovelhas): "Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei." (em Bíblia, livro de Ezequiel capítulo 34, versículo 11).

        

Na banda, Creed traz mensagens cristãs subtendidas como na música Rain (chuva), do trabalho mais recente em 2009 o álbum Full Circle. Novamente, venho enfatizar o conteúdo com passagens bíblicas: "Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus" (em Bíblia, livro de Hebreus capítulo 6, versículo 7). A chuva é exposta na música como sinal de esperança, renovo. A bíblia idealiza dessa mesma forma esse fenômeno natural. Estava lendo as letras de Full Circle - 2009, o novo álbum da banda, e percebi que agora está sendo um pouco mais exposto as mensagens cristãs, com mensagens de superação, insentivo a análise e confrontação pessoal.

Que a banda Creed tem "um pezinho na igreja" isto muita gente já sabe, apesar das situações tristes em que Scott Stapp se envolveu ao longo de sua carreira, o envolvimento com drogas e o alcoolismo, contradizendo qualquer atitude cristã que se possa considerar.

Caso queira descobrir mais a respeito de Scott Stapp, vai ai minha indicação de site: 


Este link abaixo cai direto nos conteúdos relacionados ao Creed Scott Stapp:

(caso esteja com dificuldade de acessar os links copie e cole no navegador!)


Mas como venho trazer comentários a respeito do "The Great Divide", vamos ao ponto:


O Trabalho Vocal

Além de contar com uma timbragem original e inesquecível, Scott consegue trabalhar músicas pesadas com facilidade, a voz rouca com os gritos mostram o domínio das notas, suas sustentações e as variações vocais que ajudam a caracterizar cada música minuciosamente. Coube muito a voz dele a proposta do trabalho com os gêneros post-grunge (já trabalhado anteriormente na banda), o rock alternativo e o próprio rock. A satisfação de ter gravado um trabalho solo, o que é muito válido à carreira profissional, vem juntamente com sua participação ativa e direta na produção do álbum, com o produtor John Kurzweg, que foi popularizado por produzir o Creed na década de 90 até 2000 e ajudou-os a se popularizarem mundialmente. John também foi tecladista nos 3 primeiros álbuns da banda.

             


A gravação de pistas diferentes para Scott ficaram impecáveis, quando sobrepõe-se as vozes, até mesmo para os ouvidos mais chatos. Dá para perceber que ele domina bem as "oitavadas", que seria o alcance da mesma nota, mas com um tom acima dela. A produção soube explorar bem esse recurso, bem como a sobreposição de notas da voz na mesma altura (basicamente uma duplicação da nota cantada, porém com um trabalho leve, mas perceptível na frequência, para dar ênfase aquele período). A linha melódica ficou bem inserida, conversando com os instrumentos. O uso de efeitos na voz ressalta bem sua técnica, não havendo omissão técnica aparente.
            

Esta é a segunda semana seguida que ouço o CD, e não estou enjoando. Por mais que o trabalho instrumental não traz inovações, ou solos geniais, até por que o centro das atenções é o trabalho vocal, mas são músicas que lembram muito o ritmo do dia de um ROQUEIRO! E recomendo para os fãs de Creed que ainda não escutaram, e também para os que não acompanham., enfim, para  todos! O que me espanta ainda são as letras e os seus significados: Verdades de alguém que pode falar verdades, pois viveu todas elas. Querendo ou não.


Um abraço a todos!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Comentando sobre "Oficina Elektracustika G3" (2007)


2007 foi um ano de muitas surpresas para mim, e no meio musical, uma surpresa surge como uma boa notícia, uma boa nova. A Oficina G3 lança o seu projeto Eletracústico.

Oficina G3 é a banda de metal/rock cristão atualmente bem repercutida. Teve seu ápice de popularidade com o vocalista, e atual solista, PG. Despontou com força na sua fase mais "pop", mas a desgosto de muitos. Hoje volta com força e muito peso no seu último trabalho, o "Depois da Guerra" (DDG), lançado em 2008, produzido por Marcelo Pompeu e Heros Trench (da banda Korzus). Em uma próxima ocasião, mencionarei com detalhes esta outra obra, que é muito interessante.

Bem, mas vamos ao Elektracustika. Não restam sombra de dúvidas que é uma das obras primas do ano no Brasil. E isso não é exagero!

Elektracustika marca a maturidade da banda, em uma das suas fases mais conturbadas, eu diria, por conta da própria produção e o estilo proposto, pois uma das maiores brechas para crítica cair em cima. O gênero acústico, mais precisamente este que envolvem elementos elétricos, o eletracústico. Uma das principais questões é a técnica, ela fica muito evidente no trabalho, fora a própria mescla de instrumentos.

      Duca Tambasco (baixo), Juninho Afram (guitarra) e Jean Carllos (teclado)

Duca Tambasco desenvolveu um trabalho excepcional, o baixo está nítido e legível nas músicas. Riffs muito bem encaixados com influencias de jazz, trazidas por Jean Carllos (tecladista) que por sinal empregou muito bem os timbres de sintetizadores. A voz marcante de Juninho Afram com solos grandiosos no violão e guitarra, que por sinal ainda são solicitados para demonstração, pude presenciar em wokshops dele. A banda conta ainda com participações de convidados como Celso Machado (violão e guitarra) e Alexandre Aposan (bateria). A flauta celta que aparece na introdução, Além do que os Olhos Podem Ver e Cura-me é executada por Matheus Ortega.

Em suma, muitas são regravações de algumas músicas que acompanharam a banda praticamente no início da carreira, agora reproduzidas com primazia, afinal de contas são duas décadas de estrada. A roupagem nova que a banda Oficina G3 trouxe é surpreendente até mesmo aos fãns, que sempre esperaram um som pesado com muita distorção e sequências progressivas de rock.

Ao todo são 14 faixas sendo 9 regravações e 5 inéditas. Suas letras são emocionantes. Não só o instrumental, mas a maturidade é alcançada com letras bem interpretadas, um arranjo vocal bem trabalhado. O trio não só toca como demonstram no CD um domínio vocal respeitável.



  Equipe do Oficina G3, entre eles técnicos, auxiliares, empresário e a banda


O álbum ganhou o disco de ouro pela ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos), depois das 50 mil cópias vendidas. Para quem aprecia a boa música, especialmente um som acústico com espelhagem em rock progressivo, este CD traz um dos melhores conteúdos do gênero a oferecer.

Site oficial da banda: oficinag3.com.br/



terça-feira, 23 de março de 2010

Comentando sobre "Heavy Machinery" (1996)


Entre alguns tecladistas que mais venho escutando, destaca-se Jens Johansson tecladista da banda de power metal, Stratovarius. Muito habilidoso e técnico, por sinal.

Lançou muitos discos solo instrumental, entre eles um que procurei muito para ter na minha coleção, este que vos apresento: Heavy Machinery. A combinação de jazz fusion com rock progressivo resultou nessa obra. Estive caçando minunciosamente nesta floresta digital algo do gênero, uma mistura interessante, que realmente valesse a pena. Acho que encontrei.

Heavy Machinery foi lançado em 1996 pela Heptagon Records (selo independente de Jens Johansson, na Europa), e em 1997 na América do Norte pela Shrapnel Records.

O álbum conta com os músicos Anders Johansson (bateria), Jens Johansson (teclado) e Allan Holdsworth (guitarra). Este último para mim está entre os melhores do jazz fusion. Não escuto riffs deste nipe a alguns tempos. Mesmo o álbum ter nascido na década de 90, é muito recente, não moderno, mas recente. Não me comprometeria em discorrer sobre originalidade, mas a qualidade está muito legal, mesmo!

Jens Johansson (esquerda), Allan Holdsworth (acima) e Anders Johansson (direita)


Agora, falando do Jens, ele é um sueco exepcional. É cosiderado um dos precursores do shred (isso é linguagem de guitarrista, mas trocando em miúdos, é a maneira de se tocar guitarra enfatizando a técnica e velocidade ao limite) entre os tecladistas. A sonoridade é basicamente sintetizada, ou seja, forjada através de teclados sintetizadores, entre ele o Yamaha DX7 (muitos gostam da sintese desse modelo). Achei muito interessante o ouso da SynthAxe, por Allan Holdsworth. Os irmãos do trio que cuidaram da produção do CD. As viradas de Anders Johansson são muito bem articuladas, afinal de contas, para se tocar o que é proposto requer o mínimo de excelência. Um destaque: Não há baixista nas músicas, mas sim a mão esquerda de Jens, o que mais uma vez prova de quem estou falando.

Indico este CD para quem já está um pouco habituado com os estilos conjuntos, porque pode parecer um tanto quanto cansativo. Principalmente quem não está acostumado. É como se eu estivesse pedindo para um cedentário correr uma pista de 6 quilometros em 40 minutos... Bem, sem exageros... Quem quer rever alguns conseitos de fusion com rock, aí vai minha sugestão.

Em breve estarei postando outros estilos musicais, que também fazem parte do meu playlist, como os jazzes, souls, e afins... E para a massa culta da sociedade brasileira, aos adeptos da MPB, se preparem também

segunda-feira, 22 de março de 2010

Comentando sobre "Apocalyptica - Cult (2000)"


Muitos não conhecem Apocalyptica (banda finlandesa), ou já ouviram falar mas acaba sendo um conjunto distante para quem não está ambientado com o Metal. Principalmente com um Symphonic Metal, uma variante do heavy metal, porém executado com instrumentos sinfônicos, neste caso um trio de violoncelistas muito habilidosos.

Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen e Perttu Kivilaakso são os violonistas da formação atual, juntamente com o baterista Mikko Sirén .

A banda se conheceu em 1993 na Academia Sibelius (em Helsínquia, Finlândia), a única universidade de música do país, reunindo-se para montarem arranjos em conjunto, o entrosamento foi nítido e acabaram se tornando o que são hoje.

Esta caveira que você está visualizando é nada mais nada menos a capa do álbum, Cult. Muito bem produzido, gostei dos arranjos também, são bem melódicos. Diria até que tocam um melodic metal em algumas músicas. Nesta obra consta uma das mais belas, famosas e procuradas canções da Apocalyptica, intitulada Romance. Antes que me questionem quanto ao conteúdo do CD, esclareço fazem o uso de efeitos em seus cellos, como distorções para as bases (e a qualidade é tamanha que, para quem escuta pela primeira vez, dá impressão de ter escutado uma guitarra!), e contém percussão, também de caráter sinfônico. Algumas faixas são tão tensas que eu consegui escutar poucas vezes.

A faixa 11, "Hall Of The Montain King" é cover de Edvard Grieg e as duas últimas, faixas 12 e 13, "Until It Sleeps" e "Fight Fire With Fire" (respectivamente) são do Metallica.

Notas rápidas e muita sincronia. Defino Cult como uma referencia muito respeitosa do symphonic metal. O interessante é que não tem como escutar essas obras e regravações sem sentir vontade de escutar um pouco de música clássica, literalmente orquestrada. Está se resgatando em uma geração, por meio destes instrumentos, o gosto e apresso pela música erudita. Porém, vale ressaltar que esse "resgate de interesse" só acontece de fato com quem realmente está disposto a compreender a música em si, para aqueles que desejam se aventurar na música, seja para a busca técnica, seja pelo próprio prazer que ela proporciona.
 
São músicas fortes, que remetem uma idéia de melodias épicas, resultado de estudos aplicados e técnicas ganhas com a formação da Academia. Regravaram músicas de diversas bandas, como Rammstein, Pantera, Metallica, Faith No More entre outras, antes de lançarem um álbum com músicas próprias.

Este estilo musical tem me auxiliado na montagem de harmonias de New Age ao piano, não escuto com muita frequencia agora, estou me concentrando musicalmente em outras vertentes, como o metal progressivo e o rock. Mas ainda consta na minha playlist esses caras que põe pra quebrar no metal!

O Cult é muito peculiar diante de uma realidade de músicas modernas. Por ser um estilo diferenciado atrai muito mais adeptos do metal do que rock, acredito eu... Mas, por cultivar um hábito de bom gosto e estilo diversificado, acabei por adotar esse álbum para a "lista dos intocáveis" no meu computador. Não me considero eclético, por mais que as evidencias estejam jogando contra o meu favor, mas sim um bom ouvinte. Espero que apreciem minha sujestão, em breve postarei mais bandas e estilos das mais diversas vertentes, para acompanharem o que meus ouvidos tem recepcionado!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Comentando sobre "Planet X - Universe (2000)"


Esta é a capa do CD Universe (lançado em 2000), o primeiro da banda Planet X com seus integrantes Derek Sherinian (teclados), Virgil Donati (bateria), Tony McAlpine (guitarra) e Tom Kennedy (baixista) como convidado estrelante neste álbum. O projeto da banda era para ser unicamente um trio, com Derek, Donati e o Tony, mas abriram espaço para participações, o que veio bem a calhar, na minha opinião.

É um álbum de músicas instrumentais que variam entre o jazz fusion e metal progressivo, gravado pela InsideOut Music.


A agressividade do trabalho demonstra para onde estão voltadas as atenções da equipe. Neste primeiro trabalho é sublinarmente visível como Sherinian tenta levar ao público suas intenções, querendo "amedrontar os músicos" com sua demonstração técnica.

O climax com harmonias incomuns, podemos dizer dissonantes de várias faixas remete aos seus trabalhos solos (de Derek), mas desta vez mais revisados. Os solos com os timbres característicos de seus sintetizadores ainda é bem presente. Diversifica com alguns outros timbres, mas insiste em solar com efeitos que envolvem distorções.


Ainda desconheço qual programa ele utiliza para edição de sons, não sei se utiliza o Omnisphere, da Spectrasonics, parece, pelo menos os sintetizadores de guitarras...
(Virgil Donati, Derek Sherinian e Tony McAlpine)

A rítmica está muito bacana, gostei muito, Donati faz uma ótima progressão neste albúm da banda. Este australiano está entre os melhores, sua técnica é aprazível ao estilo. Estudou jazz, toca mais propriamente o jazz fusion, o que lhe deu, sem dúvida alguma, base para suas improvisações e seu feeling de baterista de rock progressivo.

Para quem busca um trabalho que tenha certa vertigem, acha o termo quase próximo ao ideal no Universe. Como tecladista Sherinian apresenta artefatos de sobra para demonstração técnica, e volto a repetir, a agressividade é bem característica para o álbum. Caso você esteja procurando músicas instrumentais progressivas e fortes no rock e jazz fusion, achou a banda que reproduz o estilo.

fonte: http://www.xplanetx.com/

quarta-feira, 17 de março de 2010

Iniciando...

Fred de Oliveira é...

Nascido em Campo Grande/MS, em 24 de março de 1990. Aos 5 anos foi introduzido na música pela mãe, na época foi professora do Conservatório Sul Mato Grossense. Teve aulas até os 8 anos, quando oscilava muito entre o piano (um Fritz Dobbert de armário da década de 60) e um teclado arranjador simples, um Yamaha PSR 200.

Começou a perder o interesse aos poucos, temporariamente, e isso preocupava-o. As brigas eram constantes durante as aulas e se portava como um aluno rebelde.

Por volta dos 14 anos, resolveu retornar aos estudos, com auxílio de sua mãe, novamente, mas agora um pouco mais distante. Tentou estudar técnicas de piano clássico, mas sem muito sucesso pois havia aprendido pouco conteúdo teórico.

Aos 16 anos começa a tocar na Igreja Batista Memorial, onde conhece diversos músicos e cria experiencia em tocar em grupo. Logo, executa alguns arranjos que compunha nas músicas, quando lhe restava tempo. Cresceu em meio a grandes músicos, o que também proporcionou a percepção musical ser aprimorada, e exigindo aos seus ouvidos apenas o que realmente lhe interessava. Em particular, o contato com o tecladista e pianista de jazz, Thiago Murback neste período o incentivou a procurar conteúdos de música brasileira, como César Camargo Mariano. Foi a fundo, buscando tudo o que poderia e enriquecendo seu acervo de músicas.


    Equipe atual:  Eu, Enéias Macedo, Tiago Sábio e Anderson "Tiziu"


Foi então que desenvolveu alguns pequenos estudos para aquecimento e para a mecânica baseados em Hanon, já que não conseguia ler partituras com exatidão. Tirava múscas de ouvido. Logo após interessou-se por blues, iniciando estudo na gaita blues. Tocou por um tempo, participando de alguns eventos públicos, incluindo o "point" cristão, Petra, onde teve uma passagem juntamente com o guitarrista e amigo Lucas Neves, que em várias noites tocavam juntos a pedido dos amigos reunidos na frente das casas. Curiosamente, nesta apresentação no Petra estoura uma das palhetas da gaita, uma Black Blues em dó. Fica chateado com o ocorrido e dá um tempo para o instrumento, focando sua atenção às teclas. Neste perído toca melodias mais bem arranjadas, graças ao desenvolvimento no instrumento de sopro, que lhe ajudou tanto na percepção musical como no improviso e expressão.


                      em casa no inverno, bem mais a vontade


Focando aos estudos do piano, interessou por qualidades sonoras peculiares, como dos jazzistas Thelonious Monk, Chick Correa, Duke Ellington entre outros grandes renomes do estilo. Neste mesmo espaço de tempo escuta a grande Dream Theater, pela qual cria grande interesse pelo estilo proposto. Então escuta sons similares como os trabalhos fenomenais de Jordan Rudess (tecladista Dream Theater), Jens Johansson (tecladista da Stratovarius), Derek Sherinian (tecladista e líder da Planet X), além de nos tempos vagos curtir um blues e R&B com a Glenn Kaiser (banda cristã).

Hoje na maior parte do tempo de estuda sozinho, tomando alguns conselhos com o saudoso pianista Françuá Paiva, um grande músico brasileiro e grande amigo.